quinta-feira, 24 de abril de 2014

MANEIRISMO


Maneirismo foi um estilo artístico que esteve entre o Renascimento e o Barroco, mais ou menos entre 1515 até 1600.Este trabalha com elementos similares ao Renascimento, em relação a cultura clássica. No entanto, existem algumas diferenças importantes que são marcadas principalmente pelo contexto social e político da época, que é a 
"Crise psicológica coletiva" na humanidade da época, ou seja, INSTABILIDADE.


As causas são as seguintes:

1. Descoberta da América: descobrir que a terra é redonda e que o sol é o centro do universo desestabilizou a crença do povo da época.

2. Reforma Protestante: o rompimento com a igreja católica e os novos ensinamentos (novas religiões).
3. Lutas Religiosas Internas: antes os países da Europa se uniam para combater lutas religiosas de fora, como os judeus, islâmicos, entre outros.

4. Contra Reforma: reação da Igreja Católica em relação a Reforma Protestante, o uso da inquisição como função didática.


Caracteristicas Gerais do Maneirismo

·Excesso de Revestimento
·Composição de Formas não são da serenidade do renascimento
·Incorpora uma movimentação que não existe no Renascimento (escultura)
·Ousadia da decoração, possui decorações superficiais que não precisam ter relação com a lógica estrutural
·Começam a utilizar a perspectiva para expressar mais profundidade, movimentação ("jogo ótico"), engrandecimento 
·A escada como elemento artístico da composição: ESCADA MONUMENTO. Até então, no renascimento a escada nunca era considerada um elemento de fachada.
·Ordens monumentais da edificação
·Uso de Platibandas em elementos ornamentais

A Arquitetura...
• Os arquitetos maneiristas (que rigorosamente podem continuar sendo chamados de renascentistas) apropriam-se das formas clássicas mas começam a desconstruir seus ideais.
Alguns exemplos do maneirismo:
• Os arquitetos maneiristas (que rigorosamente podem continuar sendo chamados de renascentistas) apropriam-se das formas clássicas mas começam a desconstruir seus ideais.
Alguns exemplos do maneirismo:
São constantes as referências visuais em espaços internos aos elementos típicos da composição de espaços externos (usam referencias externas e colocam internamente): janelas que se voltam para dentro,tratamento de escadas externas em alas interiores
de edifícios, etc.
•O já consagrado domínio da perspectiva permite experimentações diversas que fogem ao espaço perspectivo dos períodos anteriores. 
 Lisboa(1582,FilippoTerzi)

• construção de igrejas de plano longitudinal.
• espaços mais longos do que largos.
• cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano
centralizado, típicas do renascimento clássico. (a cúpula, parte redonda, deixa de ficar no centro e passa a ficar nos lados)
• mudança na distribuição da luz e na decoração.

Mosteiro dos Jerónimos - (1540-41, Diogo de Torralva)

.



Nas igrejas:
• Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas
em espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rara singularidade.
• Guirlandas de frutas e flores e esculturas em formatos de caracóis, conchas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que
confunde a vista. Essas são a decoração mais característica desse estilo 

 Paladdio – San Giorgio




 Il Redentore(Veneza:1592) - Andrea Palladio



Nos ricos palácios e casas de campo:
• Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem
sobre o quadrado disciplinado do renascimento.
• A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas
coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição
entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação.


Maneirismo em Veneza

 Veneza estava fora dos padrões gerais da Itália da época. Por ser uma cidade portuária, estava mais voltada para o exterior. Tinha ligações com
erciais com o Império do Oriente, mantendose
livre e próspera durante o século XVI. Ali, o Renascimento perdurou por mais tempo do que no restante da Itália, e o Maneirismo chegou mais tarde, introvertido e espiritual.

PRINCIPAIS OBRAS VENEZIANAS
Palácio Iseppo Porto: Planta baixa e fachada

                                                    Planta baixa e corte Palácio Thiene


AS VILAS





ARQUITETURA RENASCENTISTA

O Renascimento foi um movimento intelectual e cultural que iniciou por volta do século XIV na Itália e logo se espalhou por toda Europa. A principal característica do movimento renascentista foi sua busca por compreender a humanidade como um todo. Essa preocupação orientou o desenvolvimento das ciências, da política, das artes e até da religião. 


CARACTERÍSTICAS GERAIS

A arquitetura do Renascimento está bastante comprometida com uma visão de mundo assente em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo. Além disso, vale lembrar que, ainda que ela surja não totalmente desvinculada dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da Idade Média (em especial com o estilo gótico).

Estilos:

· Planos – Eram idealizados levando em consideração a simetria, conseguida graças às semelhanças das partes que ficavam de cada lado das linhas centrais axiais;

· Interiores – Com recessos quadrangulares e abobados cruzados com uma cúpula central;

· Naves – Divididas em pequenos recessos, que dão a impressão de maior espaço, como na Igreja de São Paulo em Londres;

· Torres – Raras, ás vezes única e quando existentes são simétricas. A cúpula e o aspecto externo predominaram;

· Telhados – Com pequeno caimento, devido à influência clássica, ou arredondados;

· Aberturas – Arcada de arcos semicirculares, especialmente nas construções civis;

· Arcos e Abóbadas – Semicirculares, de caráter romano;

· Janelas – Em geral tem as linhas clássicas e eram pequenas devido ao clima da Itália;

· Portas e Janelas – Colocadas em simetria umas acima das outras e

· Paredes Externas – O tratamento varia em cada país. Na Itália são lisas com tratamento especial. Ás vezes há balaustrados. Na Inglaterra, Alemanha e França são altas. Sua construção era de alvenaria de pedra ou então de tijolo, em cursos regulares.

FASES DO RENASCIMENTO

É possível fazer uma divisão entre as grandes fases do Renascimento na Itália:

A) A primeira renascença, aproximadamente entre 1400 e 1500, tendo Florença como centro dominante e se expandindo ao norte; Milão, Verona, Ferrara, Veneza, etc. também chamada de Trecento ou pré renascimento.

B) A Renascença Romana entre 1500 e 1550, também chamada de Quattrocento, correspondente ao apogeu do esplendor dos grandes papas e das grandes realizações. Em tal período dominou uma simetria flexível nas obras.

C) Período Final ou Cinquecento, compreendendo ainda Roma, fase que assinala alto grau de elaboração das obras, um rigor simétrico e o inicio do Barroco. Abrangerá entre 1550 e 1650.
IDEIA

As idéias no renascimento buscam inspiração na Antigüidade clássica. A nova expressão nascida assim, idealista, generalizadora, planificadora, sintética, unitária, encontrou através do seu próprio método valores novos na matemática - a medida e as proporções - na simplicidade e na grandeza.
O Renascimento na verdade nasceu de uma vasta corrente de causas que afetavam aos núcleos mais dinâmicos de Europa, mas em nenhum lugar assumiu a importância que alcançou nos países baixos e na Toscana (Itália), onde a economia de uma burguesia empreendedora se via favorecida por uma relativa liberdade política.
A idealização da realidade motivou que a arte florentina, que intentava ser de uma construtividade perfeita e platônica, constitui-se de fato um belo canto à saúde, à juventude, à vitalidade e à alegria de viver. Por outro lado, imaginando ser realistas, esqueceu-se do feio, do velho, do doente e do triste.
Para os italianos, que tinham plena consciência de que, no passado, a Itália, tendo Roma como capital, fora o centro do mundo civilizado, a idéia de um renascimento associava-se à idéia de uma ressurreição da “grandeza de Roma”.
Um ponto de partida para os arquitetos do Renascimento foi a redescoberta e divulgação de Vitrúvio e dos seus Dez Livros de Arquitetura cuja repercussão seria imensa. Vitrúvio exaltava o primado da geometria e assinalava o circulo como forma perfeita.
Um dos ideais perseguidos pelos grandes arquitetos é o da planta centrada. Ao contrario da cruz latina tradicional das obras primas da arquitetura gótica, os homens do renascimento vão perseguir na cruz grega um ideal por eles sempre sonhado e várias vezes realizado.
MÉTODO

A arte renascentista é uma arte de pesquisa, de invenções, inovações e aperfeiçoamentos técnicos. Anda paralelamente as descobertas da física, matemática (perspectiva de Brunelleschi), da geometria, da anatomia (estudos de Michelangelo), da engenharia (estudos de Leonardo da Vinci) e da filosofia.
Como por exemplo:
É difícil definir um método comum a todos os artistas do renascimento. Cada qual adotou o seu próprio sistema utilizando sim alguns fatores em comum:

• O detalhe parece constituir uma existência à parte, voltada para si todas as atenções.

• Grande preocupação arquitetônica com a fachada frontal.

• Busca a estratificação por planos distintos, causando a impressão de profundidade.

• Procuram a representação total do espaço, através da modulação linear e das superfícies curvas.

• Todo complexo arquitetônico é uma unidade perfeita.

• Concentração de elementos expressivos, de efeito extraordinário e de proporções geométricas.

• Apresentava apenas uma quantidade de ornamentos que pudesse ser assinalada na visão do conjunto.

• Almejavam aspirar a vontade humana.

• Articulavam a beleza aos elementos construtivos, tornando-o algo perfeito, complexo e fechado em si mesmo.

• A cor encontra-se a serviço da forma, no conjunto, não somente nos detalhes.

• A rua como um organismo arquitetônico autônomo e o edifício como um bloco quadrado, um espaço vazio e aberto definido pela qualidade formal dos planos laterais.

• Levava em conta sempre a proporção humana visando sua adaptação ao pé direito e à amplitude do ambiente.
OS ARQUITETOS DO RENASCIMENTO

Filipo Brunelleschi (1377 – 1446) – Foi o primeiro arquiteto a estudar com profundidade a arquitetura antiga buscando medir monumentos rigorosamente e procurando métodos para transpor as relações métricas para o papel.
Por meio de seus estudos e utilizando-se de criatividade e destreza, Brunelleschi combinou os elementos clássicos sem quebrar o ritmo, introduzindo um novo tipo de abóbada cuja superfície curva era formada pela parte superior de uma cúpula de raio igual a metade da diagonal do compartimento quadrado na qual seria sobreposta. Seus arcos assentavam sobre colunas nas paredes externas evidenciando os contornos ou juntas das unidades. Evitando as arestas e nervuras, Brunelleschi criou uma abóbada “de uma só peça” simples e geometricamente regular que fez de cada trama, uma unidade distinta. Com o ressurgimento das formas e proporções clássicas, Brunelleschi transformou a linguagem arquitetônica da época num sistema estável, preciso e baseado em estudos científicos.

Brunelleschi fez seu aprendizado como ourives, porém, foi atraído pela arquitetura, tornando-se engenheiro e projetista de edifícios. Em sua arquitetura existem diferenças entre o aspecto da engenharia e a utilização da ornamentação clássica.
Sua primeira grande obra foi a construção da cúpula da Catedral de Florença, para qual inventou um sistema de andaimes e um método de construção com tijolos. O domo da Catedral foi concebido em escala comparada às ruínas romanas.

Cúpula da Catedral de Florença. Filipo Brunelleschi. Foto beatriz brasil. 2008.
Brunelleschi foi considerado o pai da engenharia moderna pelas suas descobertas como a perspectiva matemática e pela introdução do projeto de igrejas em plano central, que substituíram a antiga basílica medieval. A principal técnica desenvolvida por ele foi a de construir duas células, uma apoiando a outra, encimadas por uma cúpula estabilizando o conjunto.

Donato Bramante (1444 – 1514) – Foi considerado o criador da arquitetura do Alto Renascimento. Seu estilo surgiu por completo na construção do Tempietto de San Pietro in Montorio, Roma.
Este edifício parte de uma plataforma de três degraus, apresentando a rígida ordem dórica clássica nas colunatas. Nas paredes, nichos profundos são contrabalançados pela forma convexa da cúpula e pelos modelados e cornijas acentuadas, apresentando monumentalidade apesar de suas modestas dimensões. Este é o exemplo perfeito da igreja com planta central encimada por um domo, expressando as idéias renascentistas de ordem, simplicidade e harmonia nas 
proporções.













ARQUITETURA GÓTICA 

O estilo Gótico surge por volta de 1150 e veio marcar a transição entre a construção maciça do Românico para a construção leve e estrutural deste novo conceito arquitectónico que se vai difundir posteriormente por toda a Europa. Esta nova concepção vai diferenciar-se da velha concepção Românica através da introdução de inovações técnicas principalmente a nível estrutural.


O Gótico Espelha o crescimento económico e urbano e a afirmação de um novo grupo social endinheirado, a burguesia, e de uma espiritualidade renovada, marcada por uma ideia de Deus que é luz para os humanos. Por isso, as construções erguem- -se em altura, abrem-se ao exterior e enchem-se de luz, coada pelas cores dos vitrais. 

A principal característica deste estilo é a abóbada de arestas 

abóbada de aresta – consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Com isso, conseguiram uma certa leveza e maior iluminação interna. Como a abóbada de aresta exige um plano quadrado para apoiar-se, a nave central ficou dividida em setores quadrados, correspondendo às respectivas abóbadas. Esse fato refletiu-se na forma compacta da planta de muitas igrejas românicas. 






   



Embora diferentes, esses dois tipos de abóbodas, de berço e de aresta, causam o mesmo efeito sobre o observador: uma sensação de solidez e repouso, dada pelas linhas semicirculares epelos grossos pilares que anulam qualquer impressão de esforço e tensão. Pelo seu tamanho, eram chamadas “fortalezas de Deus”.
Além dos abobados, o estilo Gotico tem como características gerais:
o Verticalismo - elevada altitude. No interior e exterior das construções góticas, os elementos arquitetónicos apontam para o céu. Este verticalismo da arquitetura gótica tenta exibir-se cada vez mais próxima de Deuse destacar sua magnificência dentro da respectiva cidade como uma clara referência religiosa. 
Catedral de Amiens, França


Arco quebrado ou ogival
: dividiu o peso da abóbada central, consequentemente, descarregando-a sobre vários pontos, ao invés de um e também, podendo usar material mais leve para a abóbada ou mesmo para as bases de sustentação. No lugar dos sólidos pilares, foram usados colunas ligeiramente afinadas que passaram a receber o peso da abóbada. Deste modo, as paredes foram perdendo a importância como base de sustentação, passando a serem feitas com materiais frágeis como o vidro.


Vitral: Considerada uma arquitetura 'de paredes transparentes, luminosas e coloridas', a arquitetura gótica considera o vitral um importante elemento, pois cria uma atmosfera mística que deveria sugerir, na visão do povo medieval, as visões do Paraíso, a sensação de purificação. Os vitrais apresentavam simples formas geométricas ou mesmo imagens de santos ou passagens bíblicas. 



Elementos de uma catedral gótica 






Pináculo: o ponto mais alto de um determinado lugar, um edifício ou uma torre, por exemplo. O pináculo é uma alvenaria empregue como peso no cume de um contraforte ou em forma decorativa.
contraforte: um reforço de um muro ou muralha, geralmente constituído de um pilar de alvenaria na superfície externa ou interna de uma parede, para sustentar a pressão de uma abóbada 
Arcobotante: é uma construção em forma de meio arco, erguida na parte exterior dos edifícios na arquitetura gótica para apoiar as paredes e repartir o peso das paredes e colunas. Proporcionando a elevação da edificação.
nave: termo referente à ala central de uma igreja ou catedral onde se reunem os fiéis de modo a assistirem ao serviço religioso.
Trifório: é uma abertura na parede, que faz a ligação entre a nave e as naves colaterais.
Clerestório: são as janelas altas
Gargula: são a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar as águas pluviais, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas
Arcada: sequência de arcos , em geral formando um plano divisor de espaços, os quais assentam-se em colunas.

A divisão do estilo gótico dá-se em quatro períodos: 

I Período: século XII (1100-1200)- chamado período de transição ou gótico primitivo. Começa com hesitação a elevar a contrução, . As fachadas das igrejas e das catedrais passam a ser enriquecidas com esculturas decorativas.

II Período: século XIII (1200-1300)
chamado gótico lanceolado. O arco ogival torna-se bastante elevado, sendo formado por um triângulo agudo, acentua o verticalismo. Inicia o uso 
do vitral e as fachadas assumem maior decorativismo e suntuosidade. É a época da construção das grandes catedrais que surgem por toda a Europa, tais como a Notre Damme de Paris, a Catedral de Chartres e a Catedral de Milão. 

III Período: século XIV (1300-1400) chama-se gótico irradiante. O arco ogival perde a sua Agudeza (menos pontudo) e passa a ser formado por um triângulo eqüilátero. Aumenta-se o uso das As decoraçoes que passam a constituírem elementos circulares . Atenua-se ligeiramente o verticalismo.

IV Período: século XV (1400-1500) chama-se gótico flamejante ou "flamboyant". O Arco ogival é agora formado por um triângulo obtuso, tornando-se ainda menos agudo, tendendo ao horizontalismo, atenuando acentuadamente o verticalismo. O interior, como arcos, janelas e portais e também a fachada são profundamente decoradas.


Exemplo de Arquitetura Gótica


 Mosteiro da Batalha, sécs. XIV-XV 


Catedral de Amiens, França, séc. XIII 


Catedral de Chartes
ARQUITETURA ROMÂNICA
                              
O estilo românico desenvolveu-se num período de alguma instabilidade política na Europa. Em Portugal, as lutas entre cristãos e muçulmanos durante a Reconquista provocavam insegurança e medo. A igreja e o mosteiro eram muitas vezes locais de refúgio da população, por isso, muitos edifícios românicos assemelhavam-se a fortalezas. A ideia de Deus era diferente; no românico era visto como um deus castigador e vingativo.


No século IV Constantino constrói uma nova tipologia de basílica, logo adotada como a tipologia básica das novas basílicas católicas. A grande inovação foi a adição de uma construção chamada transepto, adaptação em planta da cruz latina (planta em “T”). Essa nova tipologia logo se espalhou por toda a Europa e pela Síria, Egito e Palestina dando início a Arquitetura Românica.
As características mais significativas da arquitetura românica são a utilização da abóbada, dos pilares maciços que as sustentam e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas.


A abóbada de berço: era simples e consistia num semicírculo – chamado de arco pleno – ampliado lateralmente pelas paredes. Esse tipo de cobertura apresentava duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria, que provocava sérios desabamentos, e a pequena luminosidade resultante das janelas estreitas; a abertura de grandes vãos era impraticável, pois estes enfraqueciam as paredes, aumentando a possibilidade de desabarem.


são uma sequência de arcos semicirculares. O seu peso é suportado pelas espessas paredes e pelos contrafortes.


Além das abobadas, caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos.


 
Nos edifícios românicos havia pouca luz. As paredes eram grossas e as janelas eram pequenas frestas. As cerimónias eram iluminadas com muitas velas.

Exemplo de Arquitetura Românica 
Sé Velha, Coimbra, séc. XII

Igreja de Cedofeita, Porto, séc. XII

 Castelo Novo de Manzanares el Real
A formação do Mundo Feudal
As expressões Idade Média e Idade Moderna foram criadas durante o Renascimento,no século XV. Devido ao repudio ao mundo feudal, os renascentistas chamavam a Idade Média como a “idade das trevas”
O feudalismo começou a se formar a partir das transformações ocorridas no final do Império Romano do Ocidente e das invasões bárbaras, alcançando seu apogeu no final da Alta Idade Média, período compreendido entre os séculos V e X. O declínio do feudalismo, que já se esboçava no século X, prosseguiria até o século XV, constituindo o período chamado de Baixa Idade Média.
O modo de produção feudal tinha por base a economia agrária, não-comercial, auto-suficiente, quase totalmente amonetária, ou seja, não usa o dinheiro como base pra valor, riqueza. A posse da terra era o critério de diferenciação dos grupos sociais rigidamente definidos, os senhores feudais e os servos.
Devido a maior parte da população ser pobre,
a produção artística desse período apenas refletia a simplicidade e rusticidade do cotidiano.Durante a Alta Idade Média, não mais havia qualquer instituição educacional, exceto as escolas mantidas pela igreja católica para formação dos clérigos e os mosteiros, onde os monges dedicavam-se, quase exclusivamente, a copiar manuscritos antigos.

A arquitetura no mundo feudal
A basílica se torna o modelo predominante de edifício, O seu esquema arquitetônico é composto essencialmente pela sequência de espaços:
átrio – nártex; nave – em princípio, com o teto plano - e abside