ARQUITETURA RENASCENTISTA
O Renascimento foi um movimento intelectual e cultural que iniciou por volta do século XIV na Itália e logo se espalhou por toda Europa. A principal característica do movimento renascentista foi sua busca por compreender a humanidade como um todo. Essa preocupação orientou o desenvolvimento das ciências, da política, das artes e até da religião.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
A arquitetura do Renascimento está bastante comprometida com uma visão de mundo assente em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo. Além disso, vale lembrar que, ainda que ela surja não totalmente desvinculada dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da Idade Média (em especial com o estilo gótico).
Estilos:
· Planos – Eram idealizados levando em consideração a simetria, conseguida graças às semelhanças das partes que ficavam de cada lado das linhas centrais axiais;
· Interiores – Com recessos quadrangulares e abobados cruzados com uma cúpula central;
· Naves – Divididas em pequenos recessos, que dão a impressão de maior espaço, como na Igreja de São Paulo em Londres;
· Torres – Raras, ás vezes única e quando existentes são simétricas. A cúpula e o aspecto externo predominaram;
· Telhados – Com pequeno caimento, devido à influência clássica, ou arredondados;
· Aberturas – Arcada de arcos semicirculares, especialmente nas construções civis;
· Arcos e Abóbadas – Semicirculares, de caráter romano;
· Janelas – Em geral tem as linhas clássicas e eram pequenas devido ao clima da Itália;
· Portas e Janelas – Colocadas em simetria umas acima das outras e
· Paredes Externas – O tratamento varia em cada país. Na Itália são lisas com tratamento especial. Ás vezes há balaustrados. Na Inglaterra, Alemanha e França são altas. Sua construção era de alvenaria de pedra ou então de tijolo, em cursos regulares.
FASES DO RENASCIMENTO
A) A primeira renascença, aproximadamente entre 1400 e 1500, tendo Florença como centro dominante e se expandindo ao norte; Milão, Verona, Ferrara, Veneza, etc. também chamada de Trecento ou pré renascimento.
B) A Renascença Romana entre 1500 e 1550, também chamada de Quattrocento, correspondente ao apogeu do esplendor dos grandes papas e das grandes realizações. Em tal período dominou uma simetria flexível nas obras.
C) Período Final ou Cinquecento, compreendendo ainda Roma, fase que assinala alto grau de elaboração das obras, um rigor simétrico e o inicio do Barroco. Abrangerá entre 1550 e 1650.
IDEIA
O Renascimento na verdade nasceu de uma vasta corrente de causas que afetavam aos núcleos mais dinâmicos de Europa, mas em nenhum lugar assumiu a importância que alcançou nos países baixos e na Toscana (Itália), onde a economia de uma burguesia empreendedora se via favorecida por uma relativa liberdade política.
A idealização da realidade motivou que a arte florentina, que intentava ser de uma construtividade perfeita e platônica, constitui-se de fato um belo canto à saúde, à juventude, à vitalidade e à alegria de viver. Por outro lado, imaginando ser realistas, esqueceu-se do feio, do velho, do doente e do triste.
Para os italianos, que tinham plena consciência de que, no passado, a Itália, tendo Roma como capital, fora o centro do mundo civilizado, a idéia de um renascimento associava-se à idéia de uma ressurreição da “grandeza de Roma”.
Um ponto de partida para os arquitetos do Renascimento foi a redescoberta e divulgação de Vitrúvio e dos seus Dez Livros de Arquitetura cuja repercussão seria imensa. Vitrúvio exaltava o primado da geometria e assinalava o circulo como forma perfeita.
Um dos ideais perseguidos pelos grandes arquitetos é o da planta centrada. Ao contrario da cruz latina tradicional das obras primas da arquitetura gótica, os homens do renascimento vão perseguir na cruz grega um ideal por eles sempre sonhado e várias vezes realizado.
MÉTODO
A arte renascentista é uma arte de pesquisa, de invenções, inovações e aperfeiçoamentos técnicos. Anda paralelamente as descobertas da física, matemática (perspectiva de Brunelleschi), da geometria, da anatomia (estudos de Michelangelo), da engenharia (estudos de Leonardo da Vinci) e da filosofia.
Como por exemplo:
É difícil definir um método comum a todos os artistas do renascimento. Cada qual adotou o seu próprio sistema utilizando sim alguns fatores em comum:
• O detalhe parece constituir uma existência à parte, voltada para si todas as atenções.
• Grande preocupação arquitetônica com a fachada frontal.
• Busca a estratificação por planos distintos, causando a impressão de profundidade.
• Procuram a representação total do espaço, através da modulação linear e das superfícies curvas.
• Todo complexo arquitetônico é uma unidade perfeita.
• Concentração de elementos expressivos, de efeito extraordinário e de proporções geométricas.
• Apresentava apenas uma quantidade de ornamentos que pudesse ser assinalada na visão do conjunto.
• Almejavam aspirar a vontade humana.
• Articulavam a beleza aos elementos construtivos, tornando-o algo perfeito, complexo e fechado em si mesmo.
• A cor encontra-se a serviço da forma, no conjunto, não somente nos detalhes.
• A rua como um organismo arquitetônico autônomo e o edifício como um bloco quadrado, um espaço vazio e aberto definido pela qualidade formal dos planos laterais.
• Levava em conta sempre a proporção humana visando sua adaptação ao pé direito e à amplitude do ambiente.
Como por exemplo:
É difícil definir um método comum a todos os artistas do renascimento. Cada qual adotou o seu próprio sistema utilizando sim alguns fatores em comum:
• O detalhe parece constituir uma existência à parte, voltada para si todas as atenções.
• Grande preocupação arquitetônica com a fachada frontal.
• Busca a estratificação por planos distintos, causando a impressão de profundidade.
• Procuram a representação total do espaço, através da modulação linear e das superfícies curvas.
• Todo complexo arquitetônico é uma unidade perfeita.
• Concentração de elementos expressivos, de efeito extraordinário e de proporções geométricas.
• Apresentava apenas uma quantidade de ornamentos que pudesse ser assinalada na visão do conjunto.
• Almejavam aspirar a vontade humana.
• Articulavam a beleza aos elementos construtivos, tornando-o algo perfeito, complexo e fechado em si mesmo.
• A cor encontra-se a serviço da forma, no conjunto, não somente nos detalhes.
• A rua como um organismo arquitetônico autônomo e o edifício como um bloco quadrado, um espaço vazio e aberto definido pela qualidade formal dos planos laterais.
• Levava em conta sempre a proporção humana visando sua adaptação ao pé direito e à amplitude do ambiente.
OS ARQUITETOS DO RENASCIMENTO
Filipo Brunelleschi (1377 – 1446) – Foi o primeiro arquiteto a estudar com profundidade a arquitetura antiga buscando medir monumentos rigorosamente e procurando métodos para transpor as relações métricas para o papel.
Por meio de seus estudos e utilizando-se de criatividade e destreza, Brunelleschi combinou os elementos clássicos sem quebrar o ritmo, introduzindo um novo tipo de abóbada cuja superfície curva era formada pela parte superior de uma cúpula de raio igual a metade da diagonal do compartimento quadrado na qual seria sobreposta. Seus arcos assentavam sobre colunas nas paredes externas evidenciando os contornos ou juntas das unidades. Evitando as arestas e nervuras, Brunelleschi criou uma abóbada “de uma só peça” simples e geometricamente regular que fez de cada trama, uma unidade distinta. Com o ressurgimento das formas e proporções clássicas, Brunelleschi transformou a linguagem arquitetônica da época num sistema estável, preciso e baseado em estudos científicos.
Por meio de seus estudos e utilizando-se de criatividade e destreza, Brunelleschi combinou os elementos clássicos sem quebrar o ritmo, introduzindo um novo tipo de abóbada cuja superfície curva era formada pela parte superior de uma cúpula de raio igual a metade da diagonal do compartimento quadrado na qual seria sobreposta. Seus arcos assentavam sobre colunas nas paredes externas evidenciando os contornos ou juntas das unidades. Evitando as arestas e nervuras, Brunelleschi criou uma abóbada “de uma só peça” simples e geometricamente regular que fez de cada trama, uma unidade distinta. Com o ressurgimento das formas e proporções clássicas, Brunelleschi transformou a linguagem arquitetônica da época num sistema estável, preciso e baseado em estudos científicos.
Brunelleschi fez seu aprendizado como ourives, porém, foi atraído pela arquitetura, tornando-se engenheiro e projetista de edifícios. Em sua arquitetura existem diferenças entre o aspecto da engenharia e a utilização da ornamentação clássica.Sua primeira grande obra foi a construção da cúpula da Catedral de Florença, para qual inventou um sistema de andaimes e um método de construção com tijolos. O domo da Catedral foi concebido em escala comparada às ruínas romanas.
Cúpula da Catedral de Florença. Filipo Brunelleschi. Foto beatriz brasil. 2008.
Brunelleschi foi considerado o pai da engenharia moderna pelas suas descobertas como a perspectiva matemática e pela introdução do projeto de igrejas em plano central, que substituíram a antiga basílica medieval. A principal técnica desenvolvida por ele foi a de construir duas células, uma apoiando a outra, encimadas por uma cúpula estabilizando o conjunto.
Donato Bramante (1444 – 1514) – Foi considerado o criador da arquitetura do Alto Renascimento. Seu estilo surgiu por completo na construção do Tempietto de San Pietro in Montorio, Roma.
Este edifício parte de uma plataforma de três degraus, apresentando a rígida ordem dórica clássica nas colunatas. Nas paredes, nichos profundos são contrabalançados pela forma convexa da cúpula e pelos modelados e cornijas acentuadas, apresentando monumentalidade apesar de suas modestas dimensões. Este é o exemplo perfeito da igreja com planta central encimada por um domo, expressando as idéias renascentistas de ordem, simplicidade e harmonia nas
Este edifício parte de uma plataforma de três degraus, apresentando a rígida ordem dórica clássica nas colunatas. Nas paredes, nichos profundos são contrabalançados pela forma convexa da cúpula e pelos modelados e cornijas acentuadas, apresentando monumentalidade apesar de suas modestas dimensões. Este é o exemplo perfeito da igreja com planta central encimada por um domo, expressando as idéias renascentistas de ordem, simplicidade e harmonia nas
proporções.
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